quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Os programadores que causaram prejuízos de 65 bilhões de dólares a investidores americanos


É bastante conhecido o caso das fraudes praticadas por Bernard Madoff, o "confiável" administrador de fundos hedge que fraudou e utilizou esquemas Ponzi (as conhecidas pirâmides) e causou prejuízos de mais de 65 bilhões de dólares a investidores, levando à falência de diversas instituições financeiras mundiais.

Porém, pouco se divulgou sobre as duas pessoas que foram essenciais para a permanência e acobertamento  da fraude por anos: os programadores de software Jerome O'Hara e George Perez.

Estes programadores foram responsáveis por desenvolver complicados softwares de fraude a contas dos clientes, simular operações financeiras e forjar notas de corretagem de ações.

Segundo o promotor do caso, eles foram responsáveis por desenvolver algoritmos e códigos de computador com o objetivo de enganar investidores e reguladores públicos, escondendo o esquema Ponzi de Bernard Madoff.

Eram utilizados, inclusive, os softwares desenvolvidos por estes programadores como estratégia de marketing do fundo fraudulento do Madoff, pois supostamente teriam desenvolvido "estratégias de investimento de alta frequência", o que ensejaria lucros exorbitantes aos investidores que disponibilizassem seus recursos.

O software utilizava a chamada estratégia "Split Strike", que supostamente investiria o dinheiro do fundo em determinadas ações do índice  S&P 100. Porém, comprovou-se mais tarde que estas operações sequer existiam. A sala de operações das empresas de Madoff apenas serviam de fachada simulada para o esquema de pirâmide:



Foi constatado, ainda, que tinham plena ciência da irregularidade do fundo, mas mesmo assim se dispuseram a construir e encobrir o esquema do qual faziam parte, tendo ganhado, também, milhões de dólares em bônus do fundo.

Estão sendo atualmente processados pela corte federal americana, estando o processo pendente de julgamento.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Anonymous expõe dados de 12 milhões de Iphones e Ipads, e acusa FBI de monitoramento ilegal



Foi divulgado hoje pelo grupo ativista hacker Anonymous dados de 12 milhões de aparelho da Apple, incluindo Iphones, Ipads e notebooks. O grupo aponta que a empresa armazena os números de identificação individuais (UDIDs ) acompanhados de dados pessoais, como nome completo, endereço, código postal e telefones, entre outros dados.

O grupo divulgou em vários sites de armazenamento de arquivos informações de 1 milhão de dispositivos da Apple para exemplificar e comprovar o tamanho da brecha de segurança.

A parte mais intrigante é que o grupo acusa o Federal Bureau of Investigation - FBI americano de utilizar estes dados para projetos escusos de monitoramento de dados pessoais e rastreamento de usuários.

No manifesto, o grupo afirma que, em março de 2012, conseguiram ter acesso a um notebook usado pelo Supervisor Especial Christopher K. Stangl, agente do Time Regional de Ações Cibernéticas do FBI, utilizando-se da vulnerabilidade na função AtomicReferenceArray do Java.

Relatam que conseguiram baixar deste notebook um arquivo intitulado "NCFTA_iOS_devices_intel.csv", que seria uma lista de 12,367,232 aparelhos da Apple que utilizam o sistema iOS, incluindo o Unique Device Identifiers (UDID), login, nome do aparelho, tupo do dispositivo, tokens do Serviço de Push da Apple, código postal, número do celular, endereços e vários outros detalhes pessoais. Nenhum outro arquivo ou pasta mencionava o objetivo desta lista.

As denúncias descritas no manifesto são extremamente graves, inclusive porque a Apple já foi acusada anteriormente de armazenar dados da localização global dos usuários, conforme demonstra esta matéria do The New York Times. A falha permitia um total rastreamento da localização através do dispositivo de GPS dos Iphones.

Isto demonstra a fragilidade dos sistemas de informação que armazena nossos dados pessoais e questiona as vantagens da utilização de um sistema operacional proprietário, como é o caso da Apple e seu iOS.

Clique aqui e veja o manifesto na íntegra: http://pastebin.com/nfVT7b0Z